terça-feira, 13 de julho de 2010

DDA




Estou sem emoções.
Não sinto nada.
Me limito a buscar sentimento
Através do pensamento.

Como não pude perceber
Que a única coisa que me faz mover,
Minha única razão de viver,
Não está em alguém,
Mas em algo que sempre tive,
Que me ajudou a crescer,
Meu atéofimdosdias companheiro,
Tão confuso, tão faceiro
Que mistura minhas ideias,
Me impossibilita,
Me instrui, mas não avisa
Quando vai mudar de linha,
Quando sai da ferrovia
Que começou a apitar.

Tento voltar ao destino
Que seguia desde o início,
E novamente, como um vício,
O maquinista insistente
Não me deixa atravessar
O caminho que persisto,
mas me deixa impedido
A todo tempo de chegar.

Se me der um combustível
Pra abaixar o alto ritmo
do trem em que preciso
a todo custo trafegar,
Quem sabe eu convença
Aquele maquinista
A passar pra ferrovia
que eu tento atravessar.

Então ele segue reto,
mas depois de tantas voltas
não consigo mais lembrar
Onde, desde o início,
Com algum objetivo,
Tinha vontade de parar.

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